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Veículos eletrificados aceleram crescimento

A eletrificação do parque automóvel europeu, português incluído, continua a crescer em ritmo acelerado. No mesmo sentido, de crescimento, mantêm-se as vendas de carros a gasolina. Já a motorização diesel continua, como já se sabia, em queda. Os números são da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA), que analisa o parque automóvel na União Europeia, globalmente e país a país, em função do tipo de motorização e com base nas informações de veículos matriculados disponibilizadas pelas associações nacionais do setor automóvel.

Diesel cai, gasolina sobe Da análise dos dados referentes ao total do último ano, o destaque pela negativa é a continuação da tendência de descida do share dos carros a diesel: em 2018, comparando com o ano anterior, venderam-se em Portugal menos 10,4% de veículos a gasóleo. E essa tendência é ainda bem mais acentuada olhando para os dados globais, aqueles que dizem respeito à totalidade dos países da União Europeia: em todo o mercado europeu, as matrículas de automóveis a diesel caíram 18,3%! De volta ao mercado nacional, no qual o decréscimo menos acentuado pode ser explicado pela importância deste tipo de motorização, a 31 dezembro último o diesel continuava a ser maioritário (53,25% de todas as matrículas foram para veículos deste tipo), mas a realidade de ser uma quota em queda acentuada salta à vista quando pensamos que em 2017 era de quase 61,1%. Ou seja, é praticamente certo que 2018 terá sido o último ano do diesel como tipo de motorização mais vendida no nosso mercado... Vendo-se ultrapassado pelas vendas de veículos a gasolina, cuja quota nacional continua a aumentar: se em 2017 foi de 34,2%, em 2018 subiu para 39,3%, com as vendas a cresceram uns muito expressivos 18,1%. Na linha, aliás, do que aconteceu no mercado europeu, no qual a quota de automóveis movidos a gasolina aumentou 6,4% no último ano.

100% elétricos crescem quase 150% A eletrificação do parque automóvel europeu, português incluído, é a outra grande constatação óbvia... No caso português, 6,65% do total de carros matriculados no ano passado foram veículos eletrificados. Um crescimento de cerca de 72% num ano. E se entre nós os híbridos (tanto os “plug in” como os “self charging hybrid”) cresceram mais de 54% (enquanto que, globalmente, em toda a União Europeia, esse aumento foi de “apenas” +26,1% e +35,6%, respetivamente), o recorde absoluto foi para os elétricos a bateria, que comparativamente a 2017 viram as suas vendas aumentarem quase 150%! Ainda assim, o seu share de mercado era (a 31 dezembro último) de apenas 1,8% do total nacional, enquanto a quota dos híbridos recarregáveis aumentou para 1,65% e a dos híbridos HEV também subiu para os 3,2%. O que quer dizer – outro dado muito significativo – que em 2018 venderam-se entre nós mais elétricos a bateria do que híbridos “plug in”... Comparando com o que aconteceu em Portugal, e considerando apenas os países europeus nos quais o parque de veículos BEV tem já algum significado (medindo-se em milhares e não em centenas de unidades), em termos percentuais o crescimento do nosso mercado apenas foi suplantado pelo holandês (que cresceu 168,5%). Esta tendência de crescimento acelerado dos veículos eletrificados manteve-se, aliás, tudo indica, no primeiro trimestre deste ano, já que segundo os primeiros números divulgados tanto híbridos como 100% elétricos voltaram a aumentar substancialmente os seus shares nacionais. E novamente com maior destaque percentual para estes últimos, os BEV, que entre janeiro e março 2019 terão atingido mesmo nova quota recorde: 3,6%. A este ritmo, não admira que se cumpram as previsões de quem antecipa para o final deste ano o triplo do share (face a 2018) para os carros eletrificados...

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