Quando chegar ao mercado durante o curso de 2019, a Mercedes EQ vai ser um ponto de viragem para os destinos da Mercedes-Benz, em que o futuro será elétrico, deixando para trás, de forma progressiva, os antigos motores de combustão. Vamos ter algumas saudades do seu barulho e da forma como acelerava em conjunto com o ponteiro das rotações por minuto, mas já sabemos que os novos motores elétricos vão ser muito mais eficientes. Mesmo o primeiro modelo, um SUV chamado EQC, vai ter dois motores com uma potência conjunta de 400 cv, mais do dobro das versões convencionais dos atuais Classe C e GLC. Com um motor por eixo, pode também ter quatro rodas motrizes, poupando espaço por não usar o tradicional eixo de transmissão. Mas estes são apenas os números de que o público vai usufruir quando tudo estiver pronto para o carro chegar ao mercado. Antes disso, é importante garantir que tudo aquilo que o condutor e os passageiros tomam como garantido funciona sem problemas. E como esta é uma nova forma de conceber automóveis, a Mercedes quer garantir que tudo está a funcionar como deve. De acordo com a Mercedes-Benz, antes de chegar ao mercado um automóvel novo deve passar por um programa de testes individuais, com 500 parâmetros. No caso de veículos elétricos, estes testes são suplementados por parâmetros adicionais, assegurando o funcionamento próprio das especificidades dos automóveis equipados com motores elétricos. Entre esses parâmetros encontra-se a necessidade de poder ligar o motor, a bateria e a pré-climatização mesmo em extremos de temperatura. O novo EQC foi testado (em conjunto com o protótipo GLC F-Cell, de célula de combustível) no Círculo Polar Ártico, com temperaturas de 35 graus negativos, mas também em climas áridos na Península Arábica e na África do Sul, com 50 graus positivos. Como os motores elétricos não fazem o mesmo barulho que os motores a gasolina e a diesel, há uma maior preocupação com os ruídos parasitas oriundos de outros componentes. Durante a condução, o ruído do rolamento dos pneus sobre o asfalto ou do vento a passar sobre a carroçaria são mais proeminentes. Isso significa que continua a ser importante o isolamento sonoro do habitáculo, constituindo um novo desafio para o departamento responsável pela redução de NVH (barulho, vibrações e dureza). As mais recentes fotografias oficiais mostram o EQC ainda envolto na camuflagem habitual que as marcas automóveis usam para disfarçar os contornos finais de um novo automóvel. Mas já dá para ver que mantém as proporções do protótipo, e que consegue incorporar a maior parte dos elementos das óticas dianteiras e traseiras, as áreas onde o protótipo tinha um visual mais inovador. Em comparação com o GLC atual, o novo SUV tem um visual mais redondo, com a zona dianteira a manter as dimensões normais dos modelos equivalentes com motores de combustão, um tejadilho não muito alto e um centro de gravidade baixo o suficiente.
